CCE: Sinapses variações
Autores: Rémy Pujol, Marc Lenoir
Ayuda a la realización: Nuno Trigueiros-Cunha
A organização sinática das CCE, descrita previamente, apresenta grandes variações na região apical da cóclea, que codifica as frequências graves (<1kHz). A este nível encontra-se uma organização sinática semelhante à que encontramos durante o desenvolvimento.
Diferenças base / ápice


Pólos sinápticos de CCEs (o) no ápice da cóclea: acima, 4ª espira da cóclea de cobaio e abaixo, extremo apical (cobaio).
Contrariamente à base, o pólo sináptico da CCE é essencialmente circundado de botões aferentes. As terminações eferentes (setas vermelhas) são raras e a diferenciação sináptica é incompleta (seta azul).
Escala: 1 µm


Esta organização sináptica é característica das zonas que codificam frequências baixas. Esta diferença base-ápice explica-se com base no desenvolvimento. (Ver abaixo).
A diferença base-àpice é explicável quando se observa o desenvolvimento das CCE: Note o esquema da sinaptogénese abaixo.
Sinaptogénese sob as CCEs
Tudo se passa como se o desenvolvimento das sinapses sob as CCE se adaptassem às suas propriedades fisiológicas: As CCE do ápice mantêm uma função sensorial clássica (com uma inervação pouco diferente da das CCI), enquanto que as CCE da base, ao tornarem-se electromotizes, adquirem um sistema de regulação para esta nova função.

Estadio1 – A base da CCE imatura só estabelece contacto com fibras aferentes (tipo II, verde) e do sistema radial (tipo I, azuis). Face a estas terminações são visíveis numerosos corpos sinápticos.
Compare com inervação do ápice da cóclea adulta.

Estadio 2 – No momento da entrada em função, as primeiras sinapses eferentes são visíveis (vermelho), enquanto que numerosas terminações aferentes radiais (azul) regridem.
Compare com inervação do ápice da cóclea adulta.

Estadio 3 – No fim da maturação, encontramos a organização sináptica clássica da CCE: Grandes terminações aferentes (vermelho) e pequenas terminações eferentes (verde). Esta organização sináptica é típica das zonas que codificam frequências agudas e médias.
Em conclusão, tudo se passa como se o desenvolvimento das sinapses se adapta-se às suas propriedades fisiológicas: As CCE do ápice mantêm as suas funções sensoriais (com inervação tipo CCI) e as CCEs da base, que se tornam electromotrizes, adquirem um novo sistema sináptico.